Como garantir a segurança em uma Cirurgia Plástica?
O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, comprovando que o acesso a estes procedimentos nunca esteve tão fácil. Mas, entre a expectativa e a ansiedade pela nova aparência, é preciso considerar uma série de fatores para garantir que tudo ocorra com segurança. De forma geral, podemos resumir esses elementos em 03 pontos fundamentais:
1) A escolha de um cirurgião qualificado é o primeiro passo na segurança do procedimento. Por isso, é importante procurar um médico que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica;
2) O cirurgião tem a obrigação de explicar ao paciente, com detalhes, todos os riscos associados à cirurgia, além de alertá-lo se suas expectativas são realistas ou não;
3) Se certifique que o procedimento ocorrerá em uma instalação médica credenciada. O local deve contar com todo o suporte necessário para a realização de cirurgias de alta complexidade.
A realização de exames prévios
A realização dos exames pré-operatórios é outra etapa fundamental para que a cirurgia corra conforme o esperado. Esses dados são de extrema importância para o cirurgião avaliar a saúde da mulher de forma completa e, quando necessário, para que se tome medidas preventivas adequadas. De forma geral, os principais exames solicitados em uma cirurgia mamária são:
- Exames de sangue
- Eletrocardiograma e risco cirúrgico
- Exame de urina
- Ultrassom da mama ou mamografia
- Exame específico para detectar o risco de trombose (em pacientes com histórico de alterações vasculares ou histórico familiar da doença).
Desmistificando a anestesia durante uma mamoplastia
Segundo dados do relatório Vital Health Report realizado pela Sociedade Americana de Anestesiologia, mais de 75% dos pacientes expressam algum tipo de receio em relação a anestesia durante uma cirurgia.
Geralmente, a maior preocupação é com a Anestesia Geral, um tipo de sedação profunda, que pode ser injetada na veia ou administrada via inalação, que induz o paciente à inconsciência, à paralisia muscular e perda de percepção e de resposta aos estímulos externos.
Como funciona a Anestesia Geral?
A anestesia geral pode ser feita pela veia ou por inalação, sendo que a escolha dependerá do medicamento utilizado, do tipo de cirurgia e da preferência do anestesista em conjunto com as vontades do paciente. O processo de anestesia é, geralmente, dividido em quatro partes: pré-medicação, em que o paciente é sedado levemente com um remédio via oral; indução, em que os medicamentos são injetados por via intravenosa ou respiratória; manutenção, período que visa evitar dores e desconforto, por meio de drogas específicas; e recuperação, em que há a reversão do processo, com o anestesista anulando a paralisia muscular e cessando o fornecimento de anestésicos.
Quanto tempo dura a anestesia?
O tempo de duração da anestesia geral depende, especialmente, do tempo da cirurgia realizada e dos medicamentos escolhidos pelo anestesiologista. Uma das preocupações dos pacientes é a possibilidade de não acordar após a anestesia, complicações que acontecem raramente. De forma geral, o paciente acorda logo após ou em alguns minutos após o término da cirurgia.
Quais são as complicações possíveis de uma Anestesia Geral?
Como qualquer outra anestesia, a Anestesia Geral pode apresentar efeitos colaterais, como enjoô, vômitos, dor de cabeça e reações alérgicas.
Algumas complicações, mais raras e mais graves, incluem a parada cardiorrespiratória e sequelas neurológicas. As complicações são mais comuns em pacientes com saúde debilitada, ou seja, que estejam com desnutrição e tenham histórico considerável de doenças cardíacas, pulmonares ou renais.
Além disso, é importante ressaltar que, durante a administração de qualquer tipo de anestesia, sobretudo a anestesia geral, o paciente é completamente monitorado, com medição dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e da respiração, para controle total do funcionamento dos sinais vitais. Assim, em caso de qualquer alteração é possível intervir com antecedência.
Mitos sobre a Anestesia Geral
-> Afinal, a Anestesia Geral é a mais perigosa do que as demais anestesias? Mito. Na prática, o risco é o mesmo para todos os tipos de anestesia, seja ela raquidiana, peridural, de bloqueios de nervos periféricos ou geral. Tudo vai depender da indicação adequada do tipo de anestesia para a cirurgia proposta e principalmente do quadro clínico do paciente.
-> A anestesia geral pode levar o paciente a um coma? Mito. Quando aplicado por Anestesiologista qualificado, não há este risco associado apenas à anestesia. É importante dizer que cada organismo reage de maneira diferente à anestesia, mas casos de pacientes que entram em coma são raros e, quando ocorrem, estão associados a outros fatores.
-> Um dos riscos mais comuns da anestesia é o choque anafilático? Mito. Apesar de ser um dos riscos que envolvem as anestesias cirúrgicas, esta reação não é nada comum, trata-se de um risco mínimo.